Lula descarta cortes em políticas sociais para solucionar aumento do IOF
Presidente afirmou a aliados que desindexação do salário mínimo de benefícios previdenciários está fora de cogitação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou que a solução para o ajuste fiscal do país e por cortes sociais. O recado foi reado, segundo apurou a CNN, na segunda-feira (2), para a equipe econômica, que reforçou o discurso de que os mais pobres não serão penalizados.
Lula tem reafirmado que não irá recuar na política de valorização do salário mínimo e descarta desindexar o salário mínimo dos benefícios previdenciários, o que tem sido sugerido por parlamentares do Centrão.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com o presidente para chegar a uma solução diante da pressão do Congresso Nacional que para que a gestão petista recue do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad, que se reuniu na noite de segunda com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), levará uma lista de medidas alternativas ao aumento do tributo.
Segundo apurou a CNN, estão em análise as sobretaxas das apostas online e das criptomoedas, a retirada de benefícios tributários a setores produtivos e a aprovação de propostas que diminuam a máquina pública.
O Palácio do Planalto tem cobrado, por exemplo, a aprovação do projeto de lei dos supersalários e da proposta que estabelece idade mínima para que militares da ativa em para a reserva. As duas iniciativas em tramitação no Congresso Nacional e, pelos cálculos da equipe econômica, podem gerar uma economia anual de até R$ 6 bilhões.
A expectativa é de que uma solução para a crise do IOF seja anunciada até o final desta semana. Hoje, a hipótese mais provável é de que o governo federal recue do aumento do imposto.