De acordo com o levantamento, o valor total captado entre 2023 e 2030 pode variar entre US$ 10,8 bilhões e US$ 21,6 bilhões, a depender do preço praticado no mercado internacional (entre US$ 10 e US$ 20 por tonelada de carbono equivalente).
Segundo o EII, os recursos começariam a ser liberados a partir de 2026, desde que os estados regulamentem suas políticas de comercialização de créditos e comprovem a redução no desmatamento. Para efeito de comparação, o Fundo Amazônia arrecadou US$ 2 bilhões em 16 anos — montante que seria superado em apenas dois anos com o novo modelo, caso os preços se mantenham estáveis.
As estimativas do instituto também indicam que reduções de emissões já verificadas entre 2023 e 2024 poderiam gerar cerca de US$ 1,7 bilhão em 2026, valor semelhante ao total desembolsado pelo Fundo Amazônia desde sua criação em 2008.
O diretor-executivo do EII, Daniel Nepstad, afirma que o modelo “pode ser a solução de curto prazo mais eficaz para a crise climática global”. Para ele, a venda de créditos jurisdicionais daria ao Brasil os recursos necessários para cumprir o Acordo de Paris e reduzir o desmatamento em até 98% até 2050.
Atualmente, nove estados brasileiros já implementam ou estruturam programas jurisdicionais de REDD+: Acre, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins.
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