De acordo com Waller, a possibilidade considera que os recursos utilizados pelo governo nessa operação serão devolvidos aos cofres públicos após a venda dos bens apreendidos na “Operação Sem Desconto”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

“Vai ter que esperar o processo judicial terminar para poder ressarcir? A resposta é não. Mas a gente precisa saber de onde vai vir esse recurso. Pode ser que o governo faça uma antecipação de crédito para os nossos aposentados e pensionistas”, disse Waller.

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O presidente do INSS citou que os bens apreendidos na operação somam R$ 1 bilhão. Entre os itens apreendidos, estão carros de luxo. Segundo Waller, o montante já é suficiente para ressarcir os descontos indevidos requeridos pelos aposentados até a manhã desta terça-feira (26).

“Há um pedido para acelerar na justiça a utilização desses bens, para vender esses bens, para utilizar o dinheiro para o ressarcimento de imediato desses valores”, afirmou.

O órgão estima que 4,1 milhões de aposentados podem ter sido vítimas da fraude do INSS. Cerca de 2,054 milhões já identificaram que foram vítimas de descontos associativos não autorizados.

Devolução

O INSS inicia nesta segunda-feira (26) a devolução dos valores que foram descontados indevidamente em abril. Segundo o órgão, serão reembolsados, ao todo, R$ 292 milhões aos beneficiários.

A devolução será realizada junto com o pagamento regular dos benefícios previdenciários, entre 26 de maio e 6 de junho.

No fim de abril, foram suspensos todos os descontos associativos dos aposentados e pensionistas. No entanto, como a folha de pagamentos referente àquele mês já estava fechada, os descontos ainda foram realizados nos pagamentos feitos entre 24 de abril e 8 de maio.

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