Relatos de violência física também chegaram ao procurador responsável pelo caso, Bernardo Guimarães.

Procurada pela CNN, a empresa disse, em nota, que recebeu com repúdio as imagens que mostram o tratamento por parte dos supostos agressores, contratados por empresas terceirizadas, a outros colegas que trabalham na expansão da antiga fábrica da Ford.

A BYD informa que determinou o afastamento dos agressores e que sejam proibidos de entrar na unidade, segundo a nota. A companhia disse ainda que acolheu as vítimas e que esses funcionários seguem trabalhando normalmente na fábrica após o episódio.

Após uma denúncia anônima, o MPT ou a apurar as condições de trabalho na unidade da montadora. Uma inspeção foi feita no dia 11 de novembro na área em que a empresa instala sua linha de montagem. O órgão destacou que estuda reunir informações para elaborar um termo de ajuste de conduta (TAC) ou uma ação judicial.

Segundo o MPT, a BYD e outras três empresas contratadas para realizar a obra devem apresentar “a cópia dos contratos de trabalho, vistos de trabalho para os estrangeiros que atuam na obra, planos de prevenção de acidentes e de saúde ocupacional, que deverão ser apresentados nos próximos dias ao órgão”.

Uma nova inspeção na unidade não está descartada, segundo Guimarães, procurador do caso. "As informações que colhemos até o momento apontam para a necessidade de correção de procedimentos relativos ao meio ambiente de trabalho, para garantir a saúde e a segurança dos empregados", afirmou.

A BYD também disse que está implantando um reforço na fiscalização da obra para “assegurar o cumprimento da legislação e o respeito a todos os profissionais que nela atuam”.

A fábrica na região baiana teve um investimento de R$ 5,5 bilhões, com potencial de gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa.

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BYDMPT (Ministério Público do Trabalho)