A ação, movida no tribunal distrital federal de Los Angeles, alega que a Midjourney pirateou os acervos das duas produtoras de Hollywood, criando e distribuindo, sem permissão, "inúmeras" cópias de personagens como Darth Vader, de "Star Wars", Elsa, de "Frozen", e os Minions, de "Meu Malvado Favorito".
Os porta-vozes da Midjourney não responderam ao pedido de posicionamento.
O vice-presidente executivo e diretor jurídico da Disney, Horacio Gutierrez, disse em um comunicado: "Acreditamos no potencial da tecnologia de IA e estamos otimistas quanto ao seu uso responsável como ferramenta para promover a criatividade humana, mas pirataria é pirataria, e o fato de ser feita por uma empresa de IA não a torna menos infratora".
A vice-presidente executiva e conselheira geral da NBCUniversal, Kim Harris, afirmou que a empresa está processando para "proteger o trabalho árduo de todos os artistas cujo trabalho nos diverte e inspira, e o investimento significativo que fazemos em nosso conteúdo".
Os estúdios alegam que a empresa de San Francisco ignorou seu pedido para parar de infringir seus direitos autorais ou, ao menos, implementar medidas tecnológicas para impedir a criação desses personagens gerados por IA.
Em vez disso, argumentam os estúdios, a Midjourney seguiu lançando novas versões de seu serviço de geração de imagens por IA, que exibem imagens infratoras de qualidade ainda maior.
A Midjourney recria imagens animadas a partir de uma solicitação escrita, ou prompt.
Na ação movida por sete entidades corporativas dos estúdios que possuem ou controlam os direitos autorais das várias unidades de filmes da Disney e da Universal Pictures, foram apresentados exemplos de animações da Midjourney com personagens da Disney, como o Yoda com um sabre de luz, Bart Simpson andando de skate, o Homem de Ferro, da Marvel, voando entre as nuvens e o Buzz Lightyear, da Pixar, levantando voo.
O gerador de imagens também recriou personagens da Universal, como o dragão de "Como Treinar o Seu Dragão", o ogro "Shrek" e Po de "Kung Fu Panda".
"Ao se apropriar das obras protegidas dos autores e depois distribuir imagens (e em breve vídeos) que claramente incorporam e copiam personagens famosos da Disney e da Universal - sem investir um centavo em sua criação - a Midjourney representa o típico oportunista de direitos autorais e um poço sem fundo de plágio", afirma o processo.
"A infração da Midjourney é deliberada e intencional", afirmou.
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