Protesto em Los Angeles   •  8/6/2025 REUTERS/Mike Blake
Homem carrega bandeira do México durante manifestação, em Los Angeles 07/06/2025   •  REUTERS/Barbara Davidson
Manifestantes confrontam soldados e policiais da Guarda Nacional da Califórnia   •  David McNew/Getty Images
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Protesto contra ação de imigração na Califórnia   •  Reuters
Multidões se reúnem em Los Angeles enquanto os EUA enviam fuzileiros navais para conter a agitação   •  REUTERS
Polícia dispersa manifestantes usando balas de borracha e veículos blindados no centro de Los Angeles   •  REUTERS
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A rivalidade entre Trump e a Califórnia se intensifica em meio a protestos anti ações de imigração em Los Angeles   •  Reuters
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A Califórnia anunciou que entrará com um processo ainda nesta segunda-feira (9) contra o governo de Donald Trump pela decisão de enviar as tropas da Guarda Nacional para Los Angeles. A informação foi ada pelo procurador-geral do estado, Rob Bonta.

O objetivo da ação judicial é fazer com que os tribunais revoguem a ordem do presidente Donald Trump de federalizar a Guarda Nacional da Califórnia -- o que, segundo o procurador, é ilegal.

Bonta disse que o estado também está buscando uma ordem de restrição enquanto o caso se desenrola.

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"Nas primeiras horas da manhã de domingo, o presidente Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, federalizaram ilegalmente 2 mil soldados da Guarda Nacional da Califórnia por 60 dias, sem nenhuma indicação de quando pretendem" desfazer a ação, pontuou Bonta durante uma entrevista coletiva.

"Eles o fizeram sem autorização do governador Newsom e contra a vontade das autoridades locais", adicionou.

Bonta ainda classificou a ordem como desnecessária e contraproducente. Segundo o procurador-geral, ela representa um abuso de autoridade por parte do governo federal e uma violação da 10ª Emenda -- que permite o envio da Guarda Nacional.

Ele alegou que a ação também ignora "medidas racionais, de bom senso" e estratégias para conter a agitação nos protestos.

Bonta afirmou também que a violência começou após a decisão de Trump.

Governo ignorou pedido do governador, diz procurador

O procurador-geral da Califórnia disse na coletiva de imprensa que o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ignorou o pedido do governador Gavin Newsom para revogar o envio de tropas da Guarda Nacional.

"Ontem à tarde, o governador Newsom enviou uma carta ao Sr. Hegseth solicitando que o secretário rescindisse o envio ilegal de tropas e as devolvesse ao comando do governador. O pedido foi ignorado", ressaltou.

Ele defendeu Newsom, argumentando que  tudo o que ele "fez e está fazendo é completamente legal, no melhor interesse da Califórnia".

"É o presidente que precisa se olhar no espelho e perceber que o autor da infração aqui é ele e sua istração, não o governador Newsom", acrescentou.

Trump defende envio da Guarda Nacional

A decisão de enviar a Guarda Nacional para o estado foi tomada após os protestos contra as operações de imigração e, segundo o presidente dos EUA, tem o objetivo de "lidar com os violentos e instigados distúrbios na Califórnia".

"Se não tivéssemos feito isso, Los Angeles teria sido completamente aniquilada", alegou Trump.

Procurador-geral faz alerta para manifestantes violentos

Ainda durante a coletiva de imprensa desta segunda, o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, fez um alerta para os manifestantes violentos.

“Minha mensagem para eles é: não participem de atividades ilegais. Sigam a lei. Se não a cumprirem, nós os encontraremos, os buscaremos e os responsabilizaremos, como aqueles que foram presos em campo já descobriram", pontuou.

Ele ressaltou que protestar “pacificamente contra uma injustiça ou contra algo” em que as pessoas não acreditam é “um direito fundamental nos Estados Unidos da América”.

Às vezes, porém, algumas pessoas não se interessam pelo real motivo dos protestos e os usam “como cobertura para ações caóticas, prejudiciais, destrutivas e criminosas, e isso é errado”.

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