A proclamação suspende a entrada de qualquer novo estudante de Harvard com visto de não imigrante de categorias F, M ou J nos Estados Unidos e "instrui o Secretário de Estado a considerar a revogação dos vistos F, M ou J existentes para os atuais estudantes de Harvard que atendam aos critérios da proclamação", afirmou a Casa Branca em um comunicado nesta quarta-feira.

A medida marca uma nova escalada dos esforços de Trump para impedir que estrangeiros se matriculem na universidade de elite.

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A Casa Branca afirmou que a medida é uma tentativa de "salvaguardar a segurança nacional", acusando Harvard de ter "laços estrangeiros preocupantes".

O anúncio também citou a suposta falha da universidade em "fornecer informações suficientes" sobre estudantes estrangeiros e "relatar dados insuficientes sobre apenas três estudantes".

A CNN entrou em contato com a Universidade Harvard para obter comentários.

"Harvard não está divulgando integralmente seus registros disciplinares de estudantes estrangeiros ou não está policiando seriamente seus estudantes estrangeiros", disse a Casa Branca.

O governo também acusou a universidade Ivy League de não abordar o antissemitismo no campus, bem como sua persistência em "priorizar" a diversidade, a equidade e a inclusão (DEI).

A medida ocorre depois que a juíza Allison Burroughs, do Tribunal Distrital dos EUA, ordenou, na semana ada, que o governo Trump não fizesse nenhuma alteração no programa de vistos de estudante internacional de Harvard por tempo indeterminado.

A ordem foi emitida dias depois da juíza suspender temporariamente a revogação, pelo governo, da capacidade da universidade de matricular estudantes estrangeiros.

O processo judicial decorreu de uma diretiva da Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, à agência, ordenando o cancelamento da certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) de Harvard, citando a recusa da universidade em entregar os registros de conduta de estudantes estrangeiros solicitados pelo DHS em abril.

Harvard acusou o governo de não seguir seus próprios requisitos para remover uma universidade do programa SEVP e argumentou que a revogação foi uma "retaliação clara" por sua recusa às demandas políticas ideologicamente enraizadas do governo.

Harvard e autoridades de Trump estão em conflito há meses, enquanto o governo exige que a universidade faça mudanças na programação, políticas, contratações e issões do campus para erradicar o antissemitismo no campus e eliminar o que chama de "práticas racistas de 'diversidade, equidade e inclusão'".

A Casa Branca tem se concentrado em estudantes e funcionários estrangeiros que acredita terem participado de protestos contenciosos no campus devido à guerra entre Israel e o Hamas.

A nova proclamação de Trump “isenta estrangeiros cuja entrada é considerada de interesse nacional” e não se aplica a pessoas que frequentam outras universidades dos EUA por meio do programa SEVP.

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