No lugar, Bolsonaro disse são "críticas", e mencionou políticos que já compam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo ele, compartilhariam de opiniões similares.

“Eu não falo a palavra ataques, me desculpe. São críticas, como apresentei aqui, crítica do ministro Flávio Dino, do Carlos Lupi, do [Leonel] Brizola, do Zé Dirceu e tantos outros parlamentares”, disse o ex-presidente durante interrogatório na Corte.

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Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa com objetivo de permanecer no poder após a eleição de 2022, da qual saiu derrotado.

O governo do ex-mandatário chegou a realizar uma auditoria, liderada pelo Ministério da Defesa, para apurar se as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas. Anderson Torres, ex-ministro, afirmou também em depoimento ao STF nesta terça que não foram não encontrados elementos técnicos que apontassem fraude.

“A crítica, a meu entender, está longe de ser um ataque. A imprensa adora usar a palavra ataque, quando é meu nome que está no balcão. Críticas, no meu entender, são bem-vindas num Estado Democrático de Direito”, complementou.

A declaração de Bolsonaro foi uma resposta à pergunta de Paulo Gonet, procurador-Geral da República. Gonet havia questionado se o ex-chefe do Executivo entendia que a queda de popularidade do governo estaria relacionada com os “ataques ao processo eleitoral”.

Voto impresso

Ainda na audiência, Bolsonaro reiterou seu apoio a implementação do voto impresso no Brasil, projeto que levou à diante quando estava no Congresso Nacional, e lembra que a proposta chegou a ser aprovada no Legislativo, mas "vetada" pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O ex-presidente da República também diz que possivelmente “exagerou” com a retórica favorável à mudança no sistema eleitoral.

“Então, se eu exagerei na retórica, devo ter exagerado com toda certeza. Mas o meu objetivo sempre foi mais uma camada de proteção para as eleições”, adicionou.

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