Durante interrogatório no STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) questionou Cid sobre se Bolsonaro teria manifestado algum apoio ao incentivo à divulgação da carta. Cid disse que não.

O tenente-coronel afirmou que “era obvio” que os militares seriam punidos, já que manifestações políticas são proibidas e “inissíveis” no meio militar.

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"Mas depois que informei ao presidente sobre a carta que estava sendo feita, não houve nenhuma determinação ou nada para incentivar que essa carta fosse assinada. Até comentei com o presidente, avisei que os militares seriam punidos. [...] Sinceramente, acho que o presidente só ficou olhando para mim, não comentou nada”, disse.

A carta a qual Cid e a PGR se referem foi assinada por oficiais da ativa das Forças Armadas e divulgada após as eleições daquele ano. De acordo com a denúncia, a intenção era que o documento pressionasse os comandantes das Forças Armadas a tomar alguma iniciativa para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O STF começou a realizar, nesta segunda (9), os interrogatórios dos réus do chamado "núcleo crucial" da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. Mauro Cid é o primeiro a ser ouvido.

Ao todo ainda serão ouvidos oito réus, são eles:

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