Ele disse que, como pai de duas filhas, entende que os jovens "não queiram perder o verão, mas que eles têm uma responsabilidade em relação a si mesmos, a seus pais, avós e comunidades".

Na edição desta quinta-feira (30) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou quais os riscos da impulsividade e respondeu qual a relação entre ela e a juventude.

"Nós temos, sim, esse comportamento mais impulsivo durante essa fase. Portanto, não temos muito esta relação de causa e efeito", inicou.

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"Existe uma explicação neurobiológica para o comportamento impulsivo. O cérebro termina o seu processo de amadurecimento por volta dos 20 anos de idade, quando há uma 'maturação' dos lobos frontais – parte responsável pelo julgamento e dissernimento das ações. No entanto, todo este processo é lento e demora a ser processado pelo indivíduo, gerando atos mais impulsivos", acrescenta.

Gomes explica que a conscientização é a medida mais eficaz para esta faixa etária. Em sua avaliação, alguns países não estão estimulando ações mais conscientes para este público, o que dificulta a eficácia das medidas restritivas.

"Para resolver este tipo de problema é preciso ter um processo rápido de conscientização. Temos duas formas de pensar: o reforço positivo, quando há uma 'recompensa' pelo cumprimento de 'regras' e o reforço negativo, que é aplicado a partir de multas e bloqueios por exemplo. No entanto, é importante lembrar que a entrega da informação de qualidade facilita todo este processo. Não é fácil diminuir a impulsividade, mas dessa forma conseguimos controlar esta energia", finalizou o neurocirugião.

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Correspondente Médico: Como o cérebro reage ao comportamento impulsivo? | CNN Brasil